Data: 05-07-2012
Criterio: B2b(iii)
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Huperzia taxifolia é uma pteridófita não endêmica do Brasil. Em território nacional, há registros para Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo. Tem AOO de 52 km². Ocorre em uma região sob intensa pressão antrópica, como a especulação imobiliária, desmatamento e perda de hábitat para a agricultura. Suspeita-se que as subpopulações sejam severamente fragmentadas, uma vez que o fluxo gênico entre elas deve ser dificultado pela perda de hábitat. Dessa maneira, H. taxifolia é considerada "Em perigo" (EN).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Phlegmariurus taxifolius (Sw.) Á. Löve & D. Löve;
Família: Lycopodiaceae
Sinônimos:
Atualmente essa espécie está circunscrita em Phlegmariurus taxifolius (Sw.) Á. Löve & D. Löve (Mynssen, com. pess.)
No Brasil a espécie ocorre no Paraná (Ollgaard, 1992), Rio de Janeiro, São Paulo, Amapá, Ceará (Windisch; Ramos, 2012), Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso (CNCFlora, 2012). Porém não foram encontrados registros para os Estados Minas Gerais, Amapá e Ceará (CNCFlora, 2012)A espécie ocorre desde o nível do mar até 800 m (Ollgaard; Windisch, 1987). No entanto, no Paraná a espécie foi encontrada em altitude de 1600 m (Schwartsburd, P. B., 1255, UPCB 59242)
A espécie é uma erva, epífita, ocorre em floresta úmida (Ollgaard; Windisch,1987), floresta ombrófila densa, campo de altitude e mata nebular da Serra do Mar (CNCFlora, 2012).
10.5 Fire
Incidência
local
Severidade
medium
Detalhes
No Parque Nacional da Serra dos Órgãos, RJ, a vertente Norte esta fortemente ameaçado a incidência de incêndios, uma vez que as correntes de vento úmidas ficam retidas na vertente sul. A estação de seca tem início em maio, com focos de incêndio mais crítico no meses de agosto e setembro. O início de incêndio ocorre principalmente pelo preparo de terreno para a prática agrícola e queda de balões. Em 2004, um incêndio iniciado fora da área do parque provocou a queima de 250 ha. Em oito anos, 1999-2006 foi queimado 872,5 ha nas áreas do Parque e entorno (MMA; ICMBio, 2008).
1.4.2 Human settlement
Incidência
local
Severidade
medium
Detalhes
A restinga do Paraná outras formações nas áreas da baixada sofrem principalmente com a especulação e expansão imobiliária, que promovem desmatamento progressivo (Paciencia, 2008).
10.1 Recreation/tourism
Incidência
local
Severidade
very low
Detalhes
A conduta inadequada de pessoas em atividades recreativas vem causando impactos significativos aos campos de altitude do Paraná. Os mais comuns são o estabelecimento descontrolado de áreas de acampamento, abertura de trilhas e atalhos, uso inadequado do fogo e coleta de espécies vegetais para uso ornamental (Mocochinsky; Scheer, 2008).
3.3 Fuel
Incidência
local
Severidade
low
Detalhes
Atualmente a floresta ombrófila densa de Santa Catarina está ameaçada pela extração de carvão vegetal (Citadini-Zanette et al., 2009).
1.1 Agriculture
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
Atualmente a floresta ombrófila densa de Santa Catarina está descaracterizada e fragmentada, devido a processos de degradação intensos, sobretudo pelas atividades de agricultura (Citadini-Zanette et al., 2009)
1.4 Infrastructure development
Severidade
low
Detalhes
Atualmente a floresta ombrófila densa de Santa Catarina está ameaçada devido ocupação desordenada (Citadini-Zanette et al., 2009).
1.7 Fire
Detalhes
No Parque Nacional da Serra dos Órgãos, RJ, a vertente Norte esta fortemente ameaçado a incidência de incêndios, uma vez que as correntes de vento úmidas ficam retidas na vertente sul. A estação de seca tem início em maio, com focos de incêndio mais crítico no meses de agosto e setembro. O início de incêndio ocorre principalmente pelo preparo de terreno para a prática agrícola e queda de balões. Em 2004, um incêndio iniciado fora da área do parque provocou a queima de 250 ha. Em oito anos, 1999-2006 foi queimado 872,5 ha nas áreas do Parque e entorno (MMA; ICMBio, 2008).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" segundo a Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004)
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Parque Estadual Pico Marumbi, Reserva Natural Rio Cachoeira, PR e Reserva Volta Velha, SC (CNCFlora, 2012)
- MYNSSEN, COM. PESS. Comunicação da especialista Claudine Massi Mynssen, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (RJ), para o analista Daniel Maurenza, pesquisador do CNCFlora, em 11/06/2012.
- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E.; LARA, D. S. Lycopodiaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Plantas da floresta atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.516, 2009.
- WINDISCH, P. G.; RAMOS, C. G. V. Lycopodiaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB091370>.
- OLLGAARD, B. Neotropical Lycopodiaceae - An Overview. Annals of the Missouri Botanical Garden, v. 79, n. 3, p. 687-717, 1992.
- PACIENCIA, M. L. B. Diversidade de pteridófitas em gradientes de altitudes na mata atlântica do estado do Paraná, Brasil. Tese de doutorado. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, 2008.
- MOCOCHINSKI, A. Y.; SCHEER, M. B. Campos de altitude na Serra do Mar paranaense: aspectos florísticos. Floresta, v. 38, n. 4, p. 625-640, 2008.
- CITADINI-ZANETTE, V.; DELFINO, R. F.; BRUM-FIGUEIRÓ, A. C.; SANTOS, R. Rubiaceae na recuperação ambiental no sul de Santa Catarina,. Revista de Estudos Ambientais, v. 11, n. 1, p. 71-82, 2009.
- Base de Dados do Centro Nacional da Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2012.
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Plano de manejo do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, v.Encarte 3, 2008.
- OLLGAARD, B.; WINDISCH, P. G. Sinopse das Licopodiáceas do Brasil. Bradea, v. 5, n. 1, p. 1-43, 1987.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.
CNCFlora. Huperzia taxifolia in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Huperzia taxifolia
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 05/07/2012 - 14:07:03